Indústria química alemã não tem mais gás para cortar, alerta associação

BERLIM (Reuters) - A indústria química da Alemanha já fez tudo o que pode para conservar o uso de gás, disse a associação química VCI nesta terça-feira, que alertou que os únicos passos que faltam para a indústria seriam reduzir ou abandonar completamente a produção.

“Para as nossas empresas, estamos mais uma vez a fazer tudo o que podemos para explorar até ao último potencial de poupança de gás”, disse o presidente-executivo da VCI, Wolfgang Grosse Entrup.

“Mas não podemos economizar muito mais, pois a eficiência já tem sido a força motriz nos últimos anos”, acrescentou.

Segundo a VCI, que representa cerca de 1.900 empresas, as indústrias química e farmacêutica da Alemanha são as maiores consumidoras de gás do país, com 15% do consumo total.

A líder da indústria BASF (BASFn.DE) é considerada o maior consumidor de gás industrial da Alemanha.

A VCI emitiu o alerta e apelou a “uma demonstração de força da sociedade para conservar o gás” para passar o inverno ileso, à medida que o fornecimento de gás da Rússia se torna cada vez mais incerto.

Têm crescido as preocupações de que o gasoduto Nord Stream 1, uma importante rota que transporta gás da Rússia para a Europa através da Alemanha, não retomará o envio de gás em plena capacidade depois de 21 de julho, quando a sua atual fase de manutenção está programada para terminar.

Reportagem de Patricia Weiss e Miranda Murray, editando Rachel More

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